O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou que a capital paulista vai aderir ao programa de escolas cívico-militares, em alinhamento com o Projeto de Lei aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e de autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O programa, que havia sido encerrado em nível federal pelo petista Lula Da Silva (PT) em julho de 2023, agora segue para sanção do governador e poderá ser implementado em escolas de ensino fundamental, médio e educação profissional, priorizando áreas com maior criminalidade.
A aprovação do projeto foi marcada por protestos de militantes de esquerda, resultando em confrontos com a Polícia Militar. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram policiais usando cassetetes e spray de pimenta para dispersar manifestantes que invadiram o plenário da Alesp. “A gestão compartilhada entre corporações militares e secretarias de educação visa melhorar a segurança e a disciplina nas escolas”, justificou o secretário da Educação, Renato Feder, no texto do projeto.
O modelo de escolas cívico-militares permitirá a conversão, fusão, desmembramento ou incorporação de escolas estaduais já existentes, além da contratação de policiais militares aposentados que trabalharão desarmados. Esta iniciativa conjunta de Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes reflete uma estratégia para fortalecer a segurança e a disciplina na rede pública de ensino, e alinha-se com as medidas de austeridade fiscal que agradam ao eleitorado conservador e liberal.