O crescente aumento do preço da gasolina e do diesel, segundo dados recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), revela uma situação preocupante para a economia nacional. O preço médio do litro da gasolina alcançou uma média de R$ 5,88 nos postos de todo o país, sendo esse o valor mais elevado desde julho de 2022, apresentando uma variação de 4% na última semana. Essa porcentagem corresponde a um incremento de R$ 0,23 em relação ao preço anterior de R$ 5,61. No mesmo período, também foi observado um aumento de 1,3% no preço do etanol, que subiu de R$ 3,61 para R$ 3,66 por litro.
Para facilitar a compreensão da situação, é importante entender a paridade entre o etanol e a gasolina. A paridade representa a relação de preços entre os dois combustíveis, e ela se encontra em 62,24% a nível nacional, variando entre 58,91% e 66% em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná.
Os preços divergentes também marcam a realidade em diferentes estados, como o Acre, que lidera a lista, registrando um alto valor de R$ 6,75 por litro de gasolina, enquanto São Paulo ultrapassa a marca dos R$ 7, chegando a R$ 7,99 por litro. Em contrapartida, o estado de Minas Gerais oferece o menor preço para o diesel S10, fixado em R$ 4,59 por litro.
IMPACTOS DO AUMENTO DO DIESEL
Contudo, é o aumento recente no preço do diesel S10 que tem gerado uma preocupação mais acentuada, com um aumento de 25,8%, anunciado pela Petrobras em 16 de agosto. Isso levou o preço máximo por litro a ultrapassar os R$ 7 em 11 dos 27 estados brasileiros, chegando a atingir R$ 8 em São Paulo. Esse cenário é agravado pela escassez do diesel russo, que anteriormente parecia ser uma alternativa de custo inferior.
As oscilações do mercado internacional do petróleo, mantendo-se em torno de US$ 80 o barril, são uma das raízes do problema. O impacto direto sobre a população é inegável, uma vez que os aumentos nos preços dos combustíveis desencadeiam um efeito em cascata, afetando o custo de vida. O transporte de mercadorias, por exemplo, torna-se mais dispendioso, levando à inflação e, consequentemente, ao aumento dos preços dos produtos essenciais no cotidiano.