A Câmara aprovou a urgência de dois dos Projetos de Lei que compõem o pacote de corte de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Isso ocorre após dois dias de muita negociação entre a base do Governo Federal com o restante da Casa. Um dos projetos trata da revisão dos benefícios sociais, como reajuste do salário mínimo, mudanças no Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada. O outro altera as regras do arcabouço fiscal.
A aprovação das urgências foi o primeiro passo para que o pacote avance no Congresso. O Planalto busca agora viabilizar que todas as propostas sejam aprovadas até o fim do ano. Pontos polêmicos ainda não entraram no debate, entre eles a revisão da previdência dos militares, a ampliação da isenção do Imposto de Renda (para quem ganha até R$ 5 mil) e a taxação dos chamados ‘super-ricos’.
“O governo não tem voto sequer para aprovar a urgência dos projetos de lei. A PEC eu coloquei na Comissão de Constituição e Justiça e foi retirada a pedido do Governo, porque não tinha certeza de um mínimo de votos para aprovar”, disse mais cedo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).