O primeiro-ministro socialista do governo espanhol, Pedro Sánchez, encontra-se num complexo momento após o início de uma investigação judicial sobre alegadas irregularidades relacionadas a contratos públicos ligados à sua esposa, Begoña Gómez. Diante desse cenário, Sánchez anunciou que está considerando a possibilidade de renunciar ao seu cargo.
O anúncio, feito através de uma extensa carta publicada em sua conta no X, gerou comoção na Espanha e levantou dúvidas sobre o futuro político do líder progressista.
A crise chega depois de Sánchez conseguir uma leve estabilidade no seu segundo governo.
No entanto, a situação mudou abruptamente quando um juiz respondeu a uma denúncia formal apresentada pelo grupo de extrema direita Manos Limpias, ordenando investigar as acusações contra a esposa do presidente por suposto tráfico de influências.
Em sua carta, Sánchez argumentou que essas acusações são impulsionadas por motivos políticos, apontando diretamente para o Partido Popular (PP) e Vox. Por sua vez, o PP respondeu destacando que o problema de Sánchez não é apenas político, mas também judicial, e que sua atual gestão mancha a imagem internacional do país.
Sánchez afirmou que dará uma coletiva de imprensa na próxima segunda-feira (29) para informar o país sobre sua decisão final, destacando a persistente estratégia de assédio político e pessoal direcionada a ele e sua esposa.
O futuro político de Pedro Sánchez e o rumo do governo espanhol estão agora em uma fase de incerteza enquanto o primeiro-ministro pondera sua próxima jogada neste delicado tabuleiro político.