O estado do Rio de Janeiro enfrenta uma epidemia de dengue, com quase 50 mil casos e quatro mortes confirmadas. Na Região Metropolitana 1, que inclui a capital e a Baixada Fluminense, o número de casos é 20 vezes maior do que o esperado para o período, levando as autoridades a adotarem medidas emergenciais, incluindo a criação de um Centro de Operações de Emergência Dengue. Apenas na semana de 4 a 10 de fevereiro, foram registrados 5.463 casos, enquanto o esperado era 268.
Em São Paulo, mais de 14 mil casos de dengue foram registrados desde o início do ano, acendendo alarme na população que espera por ações efetivas do Governo Federal. A distribuição de 79,4 mil doses da vacina contra a dengue pelo Ministério da Saúde, destinadas a 11 cidades do estado, começou em 15 de fevereiro, com Guarulhos iniciando a vacinação em 20 de fevereiro. O boletim epidemiológico da prefeitura da capital indica um aumento, com os casos confirmados mais do que dobrando entre 7 e 14 de fevereiro, passando de 6.496 para 10.371.
Enquanto isso, a ministra da Saúde de Lula, Nísia Trindade, minimiza a urgência da situação, destacando a vacinação como uma solução de longo prazo para a situação. Enfatizando a importância de uma abordagem de médio e longo prazo, as autoridades buscam conter a proliferação do mosquito transmissor, em vez de focarem no fornecimento de vacinas. No entanto, persistem dúvidas sobre a capacidade de resposta do governo diante da crise atual, à medida que alguns governos estaduais e municipais iniciam mutirões de vacinação para prevenir a propagação da doença.