O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), decidiu antecipar seu retorno ao Brasil para participar do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, no domingo, 25 de fevereiro. A mudança na agenda ocorre após Jorginho inicialmente indicar que não compareceria à manifestação durante sua viagem a Dubai, nos Emirados Árabes. A presença de governadores próximos de Bolsonaro como Jorginho, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União) demonstra o apoio político ao ex-presidente em meio às tentativas de incriminar o líder da direita em supostos planos antidemocráticos.
A convocação para o ato surge em um momento delicado para Bolsonaro, que se tornou alvo da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF). As investigações seguem a narrativa de um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022, com elementos que apontam para o envolvimento do ex-presidente. A defesa pública de Bolsonaro por parte de Jorginho e outros aliados reflete a tentativa de minimizar o impacto das investigações.
A presença dos aliados na manifestação na Paulista é vista como uma demonstração de apoio e força política por parte de Bolsonaro diante das investigações em curso. Além dos governadores, o ato contará com a participação de diversas figuras políticas do “núcleo duro” do ex-presidente, evidenciando a mobilização de seu grupo de apoio. A realização do evento, idealizado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, reforça a estratégia de Bolsonaro de manter a mobilização de seus apoiadores em meio a um cenário de turbulência política, que poderá ser usado como palanque da pré-campanha municipal de 2024.