O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reiterou seu compromisso pessoal com a meta de déficit fiscal zero em 2024, mesmo que não esteja formalizada em lei. A declaração ocorreu durante uma palestra em São Paulo, onde Haddad enfatizou a natureza “programática” da meta, deixando de lado a necessidade de uma base legal.
Para mim não importa se é meta zero ou 0,25%. Meta zero é programática. Não precisa nem estar na lei para que eu esteja perseguindo”, disse o ministro.
Essa posição, contrasta com as recentes declarações do presidente Lula (PT), indicando a dificuldade do país em atingir a meta. A repercussão no mercado e no Congresso sugere que a postura de Lula foi interpretada como um afastamento do compromisso de zerar o déficit fiscal em 2024, conforme previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A persistência de Haddad na defesa da meta, mesmo após a declaração de Lula, levanta dúvidas sobre a eficácia de uma abordagem baseada em convicções pessoais, especialmente em um contexto econômico de instabilidade. A incerteza gerada por essa divergência pode prejudicar a confiança necessária para impulsionar a economia brasileira.
Na mesma fala, o responsável pela economia brasileira também criticou o timing dos cortes na taxa básica de juros, a Selic, realizados pelo Copom. Haddad argumentou que o ciclo de cortes começou “um pouco tarde” e que os últimos cortes ainda não surtiram o efeito esperado para a economia.