A União Europeia exigiu nesta quarta-feira (15) que Israel cesse imediatamente sua operação militar em Rafah, Gaza, alertando que não fazê-lo poderia prejudicar as relações com o bloco.
“Se Israel continuar sua operação militar em Rafah, inevitavelmente colocará uma forte pressão sobre a relação da UE com Israel”, afirmou Josep Borrell, chefe da política externa da UE, em um comunicado emitido em nome do bloco.
“A União Europeia insta Israel a pôr fim à sua operação militar em Rafah imediatamente”, continuou o comunicado, alertando que a ação está “interrompendo ainda mais a distribuição de ajuda humanitária em Gaza e provocando mais deslocamentos internos, exposição à fome e sofrimento humano”.
O bloco, principal doador de ajuda para os territórios palestinos e o maior parceiro comercial de Israel, destacou que mais de um milhão de pessoas em e ao redor de Rafah foram ordenadas por Israel a fugir para zonas que, segundo a ONU, não podem ser consideradas seguras.
“Embora a UE reconheça o direito de Israel de se defender, Israel deve fazê-lo em conformidade com o Direito Internacional Humanitário e proporcionar segurança aos civis”, enfatizou o comunicado.
A lei exige que Israel permita a entrada de ajuda humanitária, destacou o comunicado.
As operações militares de Israel em Gaza foram lançadas em retaliação ao ataque do Hamas em 7 de outubro, que matou mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, e resultou na tomada de cerca de 250 reféns, segundo uma contagem da AFP baseada em cifras oficiais israelenses.