O Banco do Brasil entrou na mira do governo dos Estados Unidos e pode enfrentar uma multa milionária por violação da Lei Magnitski. A medida de pressão, cogitada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem como base o fornecimento de serviços financeiros ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após sanções impostas em julho. A iniciativa ocorre em meio ao início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é visto pela Casa Branca como um ato de perseguição política.
Além do Banco do Brasil, o Governo Federal também é alvo de críticas por sua política comercial com regimes ditatoriais, como o de Vladimir Putin. O governo dos Estados Unidos, avalia impor sanções indiretas ao Brasil por importar grandes volumes de óleo diesel russo (cerca de US$ 12,5 bilhões em combustíveis e fertilizantes em 2024). Embora os EUA não possam aplicar tarifas diretamente sobre esse comércio entre Brasil e Rússia, eles podem usar sanções secundárias: ameaçar bancos brasileiros, restringir empresas envolvidas na logística ou dificultar o acesso ao sistema financeiro internacional, seguindo o exemplo da Índia, que teve sua alíquota aumentada de 25% para 50%.
Empresas americanas também pressionam pela manutenção da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando concorrência desleal por práticas como desmatamento ilegal e trabalho forçado. Associações dos setores de celulose, soja e pecuária pedem que o mercado brasileiro seja fechado e que os EUA intensifiquem negociações com a China. No setor financeiro, instituições dos EUA acusam o Banco Central brasileiro de atuar como competidor ao promover o Pix, enquanto criticam a tributação de serviços digitais imposta por Medida Provisória do Governo Lula (PT).
