Depois do estado do Colorado tornar Donald Trump inelegível em 2024, agora é a vez do Maine. A autoridade eleitoral do estado decidiu que o nome do ex-presidente Donald Trump não pode constar nas cédulas para as primárias do Partido Republicano no Estado.
Segundo a secretária de Estado do Maine, Shenna Bellows, o motivo é o mesmo usado pela Suprema Corte do Estado do Colorado: o papel desempenhado por Trump na invasão do Capitólio, sede do congresso norte-americano, em 6 de janeiro de 2021. As decisões não impossibilitam que Trump concorra na eleição presidencial, uma vez que têm validade estadual.
“Não chego a esta conclusão levianamente”, escreveu Bellows. “A democracia é sagrada… Estou ciente de que nenhum secretário de Estado alguma vez privou um candidato presidencial do acesso ao voto com base na Seção Três da 14ª Emenda. Contudo, também estou consciente de que nenhum candidato presidencial alguma vez se envolveu numa insurreição.”
A decisão, emitida nesta quinta-feira (28), é uma vitória da oposição, que tem provocado obter o mesmo resultado em vários estados, com a justificativa de fazer cumprir uma disposição constitucional concebida para proteger o país de rebeldes antidemocráticos.
Em comunicado divulgado, o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, acusou Bellows de ser um “esquerdista virulento” que agora “decidiu interferir nas eleições presidenciais”.
“Os democratas nos estados azuis (dos democratas) estão suspendendo de forma imprudente e inconstitucional os direitos civis dos eleitores americanos ao tentar remover sumariamente o nome do presidente Trump das urnas”, disse Cheung.
A secretária de Estado, Bellows apoiou-se na decisão da Suprema Corte do Colorado, emitida no início deste mês, que retirou Trump da votação naquele estado.