O governo de Donald Trump, iniciou discussões sobre possíveis sanções contra os presidentes da Câmara e do Senado brasileiros, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente, segundo o Metrópoles. A motivação seria a atuação dos dois parlamentares em ações vistas por Washington como obstáculos à resolução da crise política envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). Motta é criticado por impedir a votação de um projeto de anistia que beneficiaria réus do 8 de janeiro, incluindo Jair Bolsonaro (PL), enquanto Alcolumbre é apontado por engavetar pedidos de impeachment contra ministros da Corte.
Internamente, a oposição bolsonarista intensificou esforços para reagir à escalada das medidas judiciais contra o ex-presidente. A deputada Caroline De Toni (PL-SC) apresentou um pedido para convocar sessão extraordinária durante o recesso parlamentar, com o objetivo de votar três propostas, incluindo a anistia a manifestantes e mudanças na Lei do Impeachment. A iniciativa, no entanto, foi barrada por Motta, que se recusa a suspender as férias legislativas.
Já no Senado, Alcolumbre também sinalizou que não pretende dar andamento a nenhum pedido de afastamento de ministros do STF, apesar da pressão crescente da oposição. Na última segunda-feira (21), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) anunciou que a prioridade da oposição no semestre será o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) justificou um dos pedidos afirmando que Moraes “viola o direito individual do ex-presidente à livre manifestação” ao impor restrições à sua comunicação. No total, 29 pedidos de impeachment envolvendo o magistrado já foram protocolados, sem avanço.








