O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (4) que seu governo pretende assumir o controle da Faixa de Gaza, argumentando que a região precisa ser reconstruída sob uma nova administração. Durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump declarou que os palestinos deveriam ser reassentados em outros países, uma vez que Gaza se tornou um “local de demolição”. A intervenção americana, segundo ele, pode ser de longo prazo, e seu governo não descarta o envio de tropas para garantir a segurança na área.
Benjamin Netanyahu elogiou a postura de Trump e afirmou que a vitória de Israel contra o Hamas será também uma vitória americana. Ele defendeu que a ala militar do grupo terrorista deve ser destruída e que Israel jamais permitirá que Gaza volte a representar uma ameaça. A expectativa é que o novo governo Trump respalde a expansão dos assentamentos israelenses na região conhecida como Cisjordânia e resista às pressões internacionais por um cessar-fogo permanente no conflito.
Além da questão de Gaza, Trump assinou um memorando que endurece a postura dos EUA contra o Irã, reafirmando que o país não pode obter armas nucleares. O republicano declarou que, caso haja qualquer tentativa iraniana de atentar contra sua vida, a resposta dos EUA será devastadora. Durante sua administração anterior, Trump já havia adotado uma estratégia de “pressão máxima” contra Teerã, impondo sanções econômicas e retirando os EUA do acordo nuclear internacional.