O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou durante uma coletiva de imprensa na noite de terça-feira, 5 de setembro, que há uma preocupante possibilidade de existirem novas vítimas do ciclone extratropical que devastou o estado. Esse anúncio vem à tona após a confirmação do aumento no número de mortos devido às enchentes que assolaram a região, chegando a 31 vítimas fatais até a manhã de quarta-feira, 6 de setembro.
O governador Leite relatou que houveram quatro novas mortes, com dois óbitos registrados em Roca Sales, um em Lajeado e outro em Estrela. Muçum, por sua vez, continua sendo a cidade mais atingida, com um total de 15 mortes confirmadas e a busca por desaparecidos ainda em curso.
A situação em Muçum é dramática, com mais de 80% do município submerso. O governador afirmou: “É o maior volume de mortes em um evento climático no Estado do Rio Grande do Sul”. A cidade enfrenta um cenário de destruição sem precedentes.
O prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana, descreveu a situação em sua cidade como devastadora. O rio Taquari subiu mais de 20 metros, causando destruição em residências, comércios, prédios industriais, agências bancárias, postos de saúde e supermercados. As estradas foram severamente danificadas, algumas até mesmo desapareceram.
A cidade de Roca Sales está enfrentando sérios desafios, incluindo a falta de energia elétrica, a interrupção dos serviços de internet e a iminente escassez de água potável nas próximas horas, de acordo com a administração municipal.
As autoridades estaduais e locais estão mobilizando recursos para prestar assistência às vítimas e lidar com a crise humanitária em curso. O Rio Grande do Sul enfrenta um dos eventos climáticos mais graves de sua história, exigindo esforços coordenados para ajudar as comunidades afetadas a se recuperarem desse desastre natural sem precedentes.