O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) emitiu um decreto determinando a perda de cargo para três investigadores e um delegado da Polícia Civil de São Paulo, revelados como infiltrados do Primeiro Comando da Capital (PCC). A medida, respaldada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), evidencia a postura do governador diante de agentes que, segundo as acusações, recebiam subornos para garantir a liberdade de membros da facção e impulsionar o tráfico de drogas.
A ação do governador paulista ganha destaque diante da recente rejeição, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), da apelação criminal apresentada pelos ex-policiais. Essa decisão ratifica a posição de Freitas, corroborando a perda de cargo para o delegado e os investigadores. O caso, que remonta a 2013, quando foram presos durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP, levanta questões sobre a necessidade de medidas rigorosas para manter a integridade das instituições de segurança pública.
Num contexto mais amplo da infiltração do PCC nas esferas do poder público, conforme alertado pelo Ministro Felipe Salomão em julho de 2023, o corregedor Nacional, mencionou a presença da organização criminosa em concursos para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e para o Ministério Público de São Paulo (MPSP), com a intenção de preencher cargos no poder público para atender favoravelmente aos casos relacionados com o PCC. Esse alerta do ministro reforça a urgência de medidas preventivas para preservar a integridade dos processos seletivos, impedindo a infiltração de organizações criminosas em setores estratégicos da segurança e defesa nacional.