O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), podem se afastar do palanque do 7 de setembro na Avenida Paulista de São Paulo, onde conservadores preparam uma manifestação contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A avaliação entre aliados próximos de Tarcísio, segundo apurou a CNN, é que a participação no ato, marcado por discursos em favor do impeachment de Moraes, traria “desgaste desnecessário”, especialmente em um período sensível para a política local e nacional. Já Nunes indicou em um evento de campanha que poderá se ausentar devido a um conflito de agenda.
A manifestação de 7 de setembro está sendo organizada por líderes bolsonaristas, incluindo o pastor Silas Malafaia, que planeja uma ofensiva direta contra Moraes. Em declarações recentes, Malafaia afirmou que usará o microfone para defender a prisão do ministro, alegando que ele “tem sangue nas mãos” pela morte de Clériston da Cunha na Papuda. Outros nomes de peso, como o senador Magno Malta (PL-ES) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), também estão programados para fazer discursos contundentes, com o objetivo de intensificar a pressão sobre o STF.
Apesar do clima de tensão, a decisão final sobre a presença de Tarcísio e Nunes no ato ainda não foi confirmada ou negada oficialmente. A convocação da manifestação ganhou força nas redes bolsonaristas, com depoimentos de figuras proeminentes como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), mas a ausência de líderes como Tarcísio e Nunes pode sinalizar um cálculo político cuidadoso, onde o governador de São Paulo é visto como interlocutor com o STF e o prefeito da capital paulista tem evitado associar seu nome ao bolsonarismo.