O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresentou uma proposta orçamentária para 2025 que mantém recursos destinados à Fundação Padre Anchieta, gestora da TV Cultura, em R$ 211 milhões, ligeiramente acima dos R$ 208 milhões de 2024. Apesar do aumento, o orçamento não inclui verbas para custeio, como contas de luz, água e manutenção, deixando a emissora sem perspectivas de financiamento para essas despesas essenciais. A decisão gerou reclamações de jornalistas e diretores da fundação, que já começaram a buscar apoio de deputados e secretários para modificar o texto na Assembleia Legislativa.
A Fundação Padre Anchieta, que enfrenta tensões com o governo estadual devido ao viés político esquerdista da programação da TV Cultura, argumenta que os cortes dificultam a operação sustentável da emissora. “O valor de custeio é fundamental para a existência da Fundação Padre Anchieta”, disse José Roberto Maluf, presidente da entidade, em outubro. Tarcísio, no entanto, reforçou a necessidade de eficiência e sugeriu que a fundação busque receitas junto ao setor privado e via Lei Rouanet, reafirmando que não há espaço no orçamento para ampliar o aporte público.
O governo de Tarcísio, que já se posicionou contra a instalação de uma CPI para investigar a TV Cultura, argumenta que o orçamento de 2025 reflete um aumento real em relação aos anos anteriores e que as decisões visam maior eficiência administrativa. Em nota, a Secretaria de Cultura destacou que a Fundação Padre Anchieta é uma entidade autônoma, com capacidade de captar recursos de fontes variadas. Apesar do embate, a fundação afirmou estar em diálogo com parlamentares e secretários estaduais para tentar incluir os recursos de custeio na proposta orçamentária antes da votação final em dezembro.