O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a prisão do homem que quebrou um relógio considerado histórico nos atos de 8 de janeiro. O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira havia sido solto nesta última quarta-feira (18) por decisão do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Uberlândia (MG). Em seu entendimento, o condenado já tinha direito à mudança para o regime que determinou a progressão para o regime semiaberto, ao contrário do que pensa o STF.
Moraes afirmou que o juiz não tinha competência para tomar esta decisão e o citado não cumpriu o tempo suficiente para migrar de regime. Ferreira foi condenado a 17 anos de prisão e já cumpriu dois anos e quatro meses de pena.
“A conduta do juiz deve, portanto, ser devidamente apurada pela autoridade policial no âmbito deste Supremo Tribunal Federal”, determinou também o magistrado.
O relógio em questão era uma peça única dada de presente a Dom João 6º pela corte francesa. A obra foi desenhada por André-Charles Boulle e fabricada pelo francês Balthazar Martinot.