Ao que tudo indica, o atual ministro da Previdência, Carlos Lupi, deixa o cargo em breve. Mas a situação política parece se sobrepor aos mais de R$ 6 bilhões de reais descontados indevidamente da conta de aposentados nos últimos anos. Isso porque o PDT é um partido do Governo Lula e Lupi é o presidente da legenda. Foi o próprio ministro quem indicou Alessandro Stefanutto como presidente do INSS, que acabou demitido após uma operação da Polícia Federal.
Em entrevista ao jornal O Globo, a advogada Tônia Galleti, ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social, disse ter alertado pessoalmente o ministro da Previdência sobre os descontos indevidos. Segundo a reportagem, Lupi estava acompanhado de assessores e prometeu investigar o que estava acontecendo, mas nada foi feito.
“Não levaram para o conselho, não debateram o tema, não criaram, por exemplo, um grupo de trabalho com mais pessoas envolvidas. Acabou ficando uma situação bastante constrangedora porque parece que ninguém sabia e não é verdade. Todo mundo estava vendo o problema”, disse Galleti.
Em sua defesa, o ministro diz que tomou medidas para enfrentar o problema, como a elaboração de uma Instrução Normativa alterando as regras para o convênio com descontos, além da demissão do então diretor de Benefícios, André Fidelis.
Já vimos esse ‘filme’ antes. Provavelmente, Lupi pedirá demissão ou será demitido após mais um caso bilionário de corrupção em Brasília.