De acordo com dados recentes, pelo menos 16 categorias do serviço público federal, representando cerca de 50 mil trabalhadores, deram início a paralisações ou operações-padrão em busca de reajustes salariais para o ano de 2024. As categorias vão desde técnicos do Banco Central até agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com o objetivo de pressionar o governo lula (PT) diante da ausência de recursos no Orçamento Geral da União deste ano.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, adotou uma postura contida quanto às promessas de aumento, indicando que qualquer reajuste dependerá do excedente na arrecadação de impostos federais. Enquanto isso, o governo propõe um aceno de reajuste de 9% dividido em duas parcelas iguais para 2025 e 2026, com uma possível alta apenas nos benefícios como auxílio-alimentação e assistência pré-escolar ainda em 2024.
Nesta terça-feira (19), analistas de comércio exterior e servidores da carreira de planejamento e orçamento decidiram aderir às mobilizações, o que pode impactar serviços como licenças de importação, investigações antidumping e a divulgação de dados da balança comercial brasileira. O número de servidores em operação-padrão ou indicativo de greve, segundo o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), pode chegar a 80 mil nas próximas semanas, afetando áreas críticas como a fiscalização ambiental exercida por servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes.