O senador Eduardo Girão (Novo-CE) protocolou um requerimento na Comissão de Segurança Pública ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O parlamentar deseja informações sobre os motivos que levaram a apreensão do passaporte de Sérgio Tavares, influenciador e jornalista português. A ação foi executada pela equipe da Polícia Federal do Aeroporto de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. No último dia 25, ele desembarcou no Brasil para cobrir a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista.
O senador Carlos Portinho, líder do Partido Liberal, apoiou a iniciativa de ouvir a posição do atual ministro da Justiça: “É importante a gente saber o que aconteceu, vivemos numa democracia e comunicadores não podem ser censurados”, afirmou. Recentemente, o influenciador português entrevistou Bolsonaro em seu canal no YouTube. Ele afirmou ter vindo ao país cobrir o que chamou de ‘movimento pela democracia’.
A Polícia Federal emitiu uma nota sobre o ocorrido. Em um determinado trecho, fica bastante claro que a presença do jornalista português não era bem-vista por aqui: “O estrangeiro foi indagado sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil, afirmando que o país vive uma ‘ditadura do Judiciário’, além de outras afirmações na mesma linha, postadas em suas redes sociais. Vale ressaltar que as mesmas medidas são adotadas por padrão na grande maioria dos aeroportos internacionais”, diz a PF.
A sociedade cobra por uma justificativa sobre isso.
Os olhos se voltam agora para as explicações do ministro de Lula.