Logo em seguida do PT formalizar apoio ao esquerdista Sergio Massa às eleições presidenciais da Argentina – contra o liberal Javier Milei – o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mostrou de que lado está. O parlamentar defendeu a existência do chamado Centrão, bloco que reúne partidos de centro e centro-direita: “Gosto de puxar sardinha para os partidos de centro para dizer que, se na Argentina tivesse centrão, não estava como está”, disse.
Na avaliação de Lira, que fez um ‘louvor a si mesmo’, o grupo não representa a ala mais progressista nem a mais conservadora e, por isso, consegue estabelecer debates moderados e votações importantes: “Não tem um lado nem outro, está ali sempre moderando e votando matérias mais difíceis”, disse.
Durante um evento em São Paulo, o presidente da Câmara também se posicionou sobre a necessidade do Congresso estabelecer maior rigor na apresentação de ações diretas de inconstitucionalidade ao STF. Lira afirmou que, em certos momentos, um único partido ou parlamentar fere a decisão da maioria ao questionar aprovações por meio desse instrumento. As ADIs são usada para solicitar ao Supremo que algum ato normativo, como leis, seja declarado inconstitucional por infringir a Constituição.