Renan Calheiros (MDB-AL) acusou nesta quarta-feira (17) o líder do Governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), de propor um acordo político que envolveria a aprovação do PL da Dosimetria em troca de apoio da oposição ao projeto que aumenta a tributação de bets e fintechs. Segundo o senador, a medida reduziria penas aplicadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a outros condenados pelo 8 de Janeiro, enquanto garantiria ao Governo Federal uma arrecadação estimada em R$ 30 bilhões. Para Calheiros, a negociação representa uma tentativa de barganha política que não deveria ocorrer em temas de relevância nacional.
O parlamentar destacou que o projeto de taxação foi elaborado por ele próprio, com o objetivo de compensar a perda de receita causada pela ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com rendimento de até R$ 5.000. Ao relatar a conversa com Wagner, Calheiros afirmou que não aceitaria participar de um suposto arranjo entre o Palácio do Planalto e setores da oposição. “Não vou participar dessa farsa”, disse o emedebista, reforçando que a proposta de dosimetria não deveria ser usada como moeda de troca para viabilizar a arrecadação do governo Lula.
Enquanto isso, Lula se reuniu no domingo (14) com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em encontro articulado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O resultado foi a aprovação, na madrugada de quarta-feira (17), de um projeto que corta benefícios tributários e eleva impostos sobre bets, fintechs e Juros sobre Capital Próprio. E avançou no Senado também nesta quarta (17), e agora seguirá para sanção e poderá garantir ao Governo Federal os recursos necessários para fechar as contas em 2026, reforçando a estratégia fiscal do petista diante das críticas de Renan Calheiros.














