O Itamaraty emitiu uma nota à imprensa mostrando preocupação sobre o desenvolvimento do processo eleitoral na Venezuela, após o regime socialista de Nicolás Maduro bloquear a candidatura da coalizão oposicionista liderada por María Corina Machado.
“O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, disse Itamaraty em nota à imprensa. “O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil”.
O prazo para registrar a candidatura da coalizão oposicionista venceu, após várias tentativas de registro da candidata substituta Corina Yoris, que foi nomeada por Machado, que está inabilitada politicamente até 2030. Como alternativa, a oposição conseguiu inscrever um segundo substituto, o diplomata Edmundo González, pouco conhecido na política partidária.
A nota do Itamaraty ressalta um afastamento entre os amigos revolucionários de longa data, Lula e Maduro, mas também destacou mais uma reafirmação da aproximação entre Lula e Washington, que também pede um processo democrático amplamente aberto.
Em resposta, Maduro chamou de “esquerda covarde” os governos socialistas que ignoram as denúncias de supostos atentados contra sua vida. O ataque de Maduro vem após a Procuradoria-Geral da Venezuela conceder uma coletiva de imprensa essa semana, falando sobre um suposto plano para matar o presidente venezuelano articulado pelo partido de Corina Machado, colocando-a como o alvo número um da ditadura.