A ditadura da Venezuela, por meio de seu ministro do Interior e Justiça, Diosdado Cabello, negou que o helicóptero interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) recentemente com 240 kg de drogas tenha partido de seu território. Em um programa de televisão, Cabello afirmou que a notícia é um “falso positivo” e parte de uma narrativa para atacar o regime de Nicolás Maduro. A FAB informou que a aeronave entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização e sem apresentar plano de voo, sendo interceptada em uma operação conjunta com a Polícia Federal próximo a Manaus.
Cabello, sancionado pelos Estados Unidos por fazer parte de uma organização de tráfico de drogas, culpou os EUA pela situação, afirmando que “o maior consumidor de drogas do mundo é o império norte-americano”, e negou qualquer envolvimento da Venezuela com a aeronave. Ele ainda confundiu o tipo de veículo ao afirmar que “este avião nunca esteve na Venezuela”, apesar de a interceptação ter sido de um helicóptero. Segundo Cabello, a Venezuela não produz drogas e o governo estaria combatendo o narcotráfico internamente.
No entanto, de acordo com o Relatório Global sobre Cocaína de 2023 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, a Venezuela é um dos principais pontos de decolagem de voos clandestinos com cocaína para a América do Norte. A operação brasileira que resultou na apreensão do helicóptero envolveu o uso de aeronaves militares, reforçando a seriedade do combate ao tráfico, mas o regime de Maduro insiste em culpar fatores externos, como os Estados Unidos, pela crise de drogas na região.