Lula da Silva (PT) sanciona hoje o projeto de regulamentação da reforma tributária, que substituirá tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por novos impostos, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Apesar de promessas de simplificação, economistas alertam para o risco de aumento da carga tributária, especialmente com alíquotas que podem ultrapassar 26,5%. Especialistas temem que as mudanças possam resultar em preços mais altos para os consumidores.
Um dos pontos mais criticados é o chamado “imposto do pecado”, que incidirá sobre produtos como bebidas alcoólicas, refrigerantes e apostas online. Embora o governo alegue que essa medida visa incentivar comportamentos saudáveis, ela pode impactar diretamente o consumo das famílias e aumentar a arrecadação de forma desigual. Além disso, mesmo com a promessa de cashback para itens essenciais, como gás e energia elétrica, as devoluções não cobrem todos os impactos financeiros esperados para a população.
A proposta também estabelece isenções para a cesta básica e medicamentos, mas setores produtivos já apontam que a reforma pode gerar custos indiretos, que acabarão repassados ao consumidor final. Sem reformas estruturais que controlem os gastos públicos, como a administrativa, a mudança no sistema tributário corre o risco de se tornar um instrumento para ampliar a arrecadação, penalizando ainda mais os trabalhadores e empreendedores.