Os médicos que acompanham Lula da Silva (PT) revelaram nesta quinta-feira (12) que o cérebro do petista apresentou uma redução natural de volume, comum em pessoas idosas, o que eleva o risco de novos sangramentos intracranianos. Essa condição pode demandar outra cirurgia, apesar do quadro clínico estar evoluindo positivamente. Após sofrer uma hemorragia intracraniana grave, Lula foi submetido a dois procedimentos esta semana: uma embolização para prevenir novos sangramentos e uma trepanação craniana para drenar o sangue acumulado.
O cardiologista Roberto Kalil Filho, em entrevista ao Poder360, destacou que a chance de recorrência da hemorragia é inferior a 5%, mas o caso exige monitoramento rigoroso devido à idade avançada do presidente, que se aproxima dos 80 anos. A redução do volume cerebral aumenta o espaço dentro do crânio, tornando mais provável o acúmulo de sangue em casos de novos sangramentos. Os médicos recomendaram repouso absoluto até o final do ano e a suspensão de compromissos intensos nas próximas semanas, com o objetivo de prevenir complicações.
O episódio atual foi consequência de um acidente doméstico ocorrido em outubro, quando Lula caiu e bateu a cabeça no Palácio da Alvorada. Na época, os hematomas identificados se estabilizaram, mas o quadro se agravou nesta semana, levando à hemorragia. Apesar das limitações, os especialistas estão confiantes na recuperação do petista, caso os cuidados sejam seguidos rigorosamente, permitindo que ele retome compromissos gradualmente no próximo ano.