Rebeldes sírios apoiados pela Turquia anunciaram neste domingo (8) a queda do regime de Bashar al-Assad após avançarem sobre a capital, Damasco. O ditador, que estava no poder há 24 anos, fugiu para a Rússia, confirmou a imprensa comandada por Putin. A ofensiva simboliza o colapso de um regime apoiado por forças russas e iranianas, que há anos enfrentava uma resistência persistente de grupos insurgentes.
Os eventos ganharam força nos últimos dias com a captura de Homs, uma cidade estratégica no centro do país. A conquista foi celebrada como um momento histórico pelo comandante rebelde Abu Mohamed al-Julani, que pediu aos combatentes que respeitassem aos que abandonassem as armas. Em Damasco, milhares de pessoas se reuniram em praças públicas gritando palavras de ordem como “Assad se foi” e “Vida longa à Síria”. Estátuas e cartazes do ditador foram derrubados em diferentes regiões, marcando o fim do domínio da família Assad, que governava o país há cinco décadas.
Além de celebrações populares, os rebeldes libertaram milhares de detidos de prisões controladas pelo regime, como a notória Sednaya. A queda de Assad ocorre em meio a uma reconfiguração do conflito, enquanto seus aliados internacionais enfrentam suas próprias crises. “Celebramos com o povo sírio o fim de uma era de injustiça”, afirmaram os líderes insurgentes em comunicado.