Radicais islamistas depredaram lojas de marcas americanas em Daca, capital de Bangladesh, durante protestos contra o apoio dos Estados Unidos a Israel. As manifestações, que começaram como atos de solidariedade aos terroristas do Hamas, ganharam força com a intensificação da ofensiva israelense em Gaza e rapidamente se transformaram em destruição e saques. Franquias como KFC, Pizza Hut, Puma e Bata foram atacadas sob acusações infundadas de ligação com Israel.
Os protestos, que também ocorreram em cidades como Sylhet, Khulna e Chattogram, incluíram gritos contra o presidente americano Donald Trump, associado ao apoio histórico dos EUA a Israel. A repressão policial foi imediata, com mais de 70 pessoas presas, segundo autoridades locais. As ações ocorrem num momento delicado para o país, que se prepara para seu primeiro fórum global de investimentos, liderado pelo conselheiro-chefe Muhammad Yunus.
A multinacional Bata negou qualquer relação com o conflito e lamentou os danos: “Somos uma empresa familiar com sede na República Tcheca, sem vínculos políticos”, declarou em nota à imprensa de Bangladesh. Já a Puma, criticada por patrocinar a federação israelense de futebol até 2024, também foi alvo. Imagens viralizadas mostram vitrines destruídas e produtos saqueados sendo revendidos online, evidenciando a tensão e desinformação que impulsionam os ataques.