As queimadas florestais no Brasil causaram prejuízos econômicos superiores a R$ 1,1 bilhão entre janeiro e 16 de setembro de 2024, um aumento alarmante em relação ao mesmo período de 2023, quando as perdas foram de R$ 32,7 milhões. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o número de pessoas afetadas também disparou, atingindo 11,2 milhões, com 749 decretos de emergência emitidos. O cenário mais crítico ocorreu entre agosto e setembro, período responsável pela maior parte das perdas.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que, nos últimos dois dias, o Brasil foi responsável por 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul, com mais de 7.300 focos. A Amazônia é a região mais afetada, com 49% das áreas atingidas pelo fogo, seguida pelo Cerrado e pela Mata Atlântica. Estados como Mato Grosso, Amazonas e Pará lideram em número de incêndios, colocando em risco a biodiversidade e a segurança de milhões de pessoas.
Além das queimadas, o país enfrenta uma grave seca, com 9,3 milhões de pessoas afetadas e R$ 43 bilhões em prejuízos adicionais em 2024. O agravamento das crises ambiental e climática sob a gestão de Lula (PT) coloca em dúvida a eficácia das políticas públicas para lidar com esses desastres, com especialistas alertando que a falta de ações efetivas pode levar a impactos ainda maiores nos próximos anos.