O Brasil registrou um aumento de 79% nas áreas devastadas por queimadas em 2024 em relação ao ano anterior, totalizando 30,8 milhões de hectares destruídos, segundo o Monitor do Fogo, do MapBiomas. Com números recordes desde 2019, fica cada vez mais insustentável para o governo Lula (PT) atribuir a responsabilidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após mais de dois anos sob gestão do Partido dos Trabalhadores.
A Amazônia concentrou mais da metade da destruição, com 17,9 milhões de hectares queimados, marcando uma inversão no padrão histórico: pela primeira vez, as formações florestais superaram as pastagens como principal área afetada. “As florestas úmidas estão se tornando mais vulneráveis ao fogo, e isso é extremamente preocupante”, alertou Ane Alencar, diretora do Ipam e coordenadora do MapBiomas. A falta de políticas eficazes para combater o desmatamento e o avanço das queimadas destaca fragilidades na gestão ambiental do atual governo.
O Pará foi o estado mais atingido, com 7,3 milhões de hectares queimados, seguido por Mato Grosso e Tocantins. Especialistas apontam o El Niño como um agravante, reduzindo as chuvas e intensificando a seca, mas ressaltam que as queimadas são predominantemente fruto de ações humanas, como desmatamento e grilagem. “Não é suficiente culpar o clima; é preciso enfrentar as causas humanas dessa devastação”, disse Felipe Martenexen, do MapBiomas ao jornal Poder360.