Os partidos PSDB e Podemos estão prestes a formalizar uma fusão que poderá ser anunciada ainda este mês, conforme indicaram dirigentes envolvidos nas negociações. A união, que está na fase final de ajustes, resultará na criação de uma nova sigla partidária, cujo nome definitivo ainda está em debate. Enquanto o anúncio oficial não é feito, o projeto tem sido tratado provisoriamente como “PSDB+Podemos”. A expectativa é de que o novo partido reúna 27 deputados federais e 7 senadores, alcançando relevância no Congresso Nacional, embora o número exato de parlamentares dependerá da adesão pós-fusão.
Apesar do avanço das tratativas, ainda restam pendências importantes, como a definição de comandos nacionais e estaduais e a elaboração do novo estatuto partidário. Fontes próximas ao processo indicam que a presidência da nova sigla será compartilhada inicialmente entre a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Segundo documento obtido pela CNN, “a taxa de sobreposição de mandatários municipais do PSDB e Podemos é de 23,1%, substancialmente menor do que a taxa de sobreposição do PSD (49,2%) e do MDB (58,06%)”, o que facilitaria a harmonização das bases eleitorais no processo de unificação.
A iniciativa busca frear o enfraquecimento do PSDB, que enfrenta uma crise de identidade e perda de lideranças regionais, como Raquel Lyra e possivelmente Eduardo Leite, com destino político incerto. A fusão também reforça a presença das duas legendas em municípios de diferentes perfis — enquanto o Podemos se destaca nas capitais, o PSDB conserva força no interior. Caso se concretize como planejado, o novo partido governará cerca de 16,3 milhões de brasileiros e terá influência decisiva em disputas municipais e nacionais nos próximos anos.
