O presidente do Equador, Daniel Noboa, denunciou irregularidades na apuração dos votos do primeiro turno da eleição presidencial, que poderiam ter favorecido sua adversária, Luisa González, candidata do Foro de São Paulo, alinhada ideologicamente a Lula da Silva (PT). Apesar de algumas pesquisas indicarem vantagem para Noboa, a contagem oficial registrou uma diferença de apenas 40 mil votos entre os dois concorrentes, com a apuração chegando a ficar paralisada por horas antes da divulgação final dos números.
Noboa afirmou que algumas províncias registraram discrepâncias entre os dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a contagem feita por observadores internacionais. Segundo ele, o levantamento da Organização dos Estados Americanos (OEA) indicava uma votação maior para sua candidatura do que o total divulgado oficialmente. Além disso, o presidente sugeriu que a Revolução Cidadã, partido de González, teria se beneficiado de ameaças de grupos criminosos para influenciar o voto de eleitores. “Há dezenas e dezenas de casos em que ameaçaram as pessoas para que votassem na Revolução Cidadã”, declarou o candidato à reeleição.
A missão de observação eleitoral da União Europeia já afirmou que não há indícios de fraude no pleito, enquanto a OEA ainda não apresentou seu relatório preliminar. González rebateu as declarações de Noboa e exigiu “respeito aos equatorianos” diante das acusações. O presidente, por sua vez, garantiu que entregou informações ao CNE e aos observadores internacionais para contestar os números divulgados. O segundo turno entre os dois candidatos será realizado no dia 13 de abril, em meio a um cenário político onde os equatorianos vão decidir entre seguir o exemplo de Brasil e Venezuela com a candidata esquerdista ou seguir os rumos atuais com o presidente de direita.
