Os combustíveis terão aumento de preço a partir de 1º de fevereiro de 2025, impactando consumidores em todo o país. O reajuste ocorre devido à elevação do ICMS sobre gasolina e diesel, aprovada pelo Confaz em 2024. Com isso, a alíquota da gasolina passará de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro, enquanto o diesel subirá de R$ 1,06 para R$ 1,12. O aumento acontece em um momento de inflação pressionada e de política de preços da Petrobras que mantém valores congelados há meses.
Especialistas apontam que, apesar de aparentemente pequeno, o reajuste do ICMS será repassado ao consumidor final, podendo gerar aumentos adicionais ao longo da cadeia de distribuição. “É uma mudança bem pequena, mas vai depender muito do comportamento da oferta e da demanda”, afirmou Amance Boutin, da Argus, ouvido pela IstoÉ Dinheiro. Além do imposto estadual, fatores como o preço internacional do petróleo e a desvalorização do real também pressionam os combustíveis no mercado interno.
O impacto da política da Petrobras também tem sido tema de debate, já que a estatal não altera os preços há meses, criando uma defasagem de até R$ 0,85 no diesel em relação ao mercado internacional, segundo a Abicom. No governo Lula (PT), a gasolina já foi um dos principais responsáveis pela inflação em 2024, e analistas do setor preveem que um novo reajuste pode ocorrer em breve. Enquanto isso, a população brasileira continua pagando a conta das decisões fiscais e da política energética do país, sem uma previsão clara de quando o Governo Federal aplicará um corte de gastos suficiente para estabilizar a economia.