A Procuradoria-Geral da República denunciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), ao Supremo Tribunal Federal em uma investigação sobre desvio de emendas. A investigação envolve um montante de R$ 50 milhões enviado para a cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, onde a irmã dele, Luana Rezende, era prefeita. Na época, Juscelino Filho exercia o mandato de deputado federal.
A PF encontrou diálogos dele com orientações a um empresário para contratar uma empresa de consultoria ligada à prefeitura, visando viabilizar as fraudes. Segundo a Polícia Federal, o dinheiro das emendas foi repassado para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, que fez obras de pavimentação com empresas de fachada. O atual ministro de Lula nega as acusações.
“A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”, disse.
O partido do político também se manifestou.
“O União Brasil reitera seu apoio ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, diante da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O partido destaca que o ministro ainda não teve a oportunidade de exercer seu direito ao contraditório no âmbito da PGR e que irá se manifestar no Supremo Tribunal Federal (STF), onde poderá apresentar sua defesa de forma plena”, afirmou.