A Polícia Federal indiciou os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), além do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR). Os três são suspeitos de favorecimento ao grupo farmacêutico Hypermarcas (atual Hypera Pharma) em votações no Congresso. A Polícia Federal identificou os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os parlamentares teriam atuado em favor da empresa para aprovar um Projeto de Lei sobre incentivos fiscais a empresas em 2015.
O caso é investigado desde junho de 2018, após a delação premiada de Nelson Mello, ex-diretor de relações institucionais da empresa. A apuração aponta que a empresa pagou propina aos senadores. Tal conclusão foi enviada para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem agora cabe oferecer denúncia, pedir o arquivamento ou novas diligências. A decisão de torná-los réus é do Supremo Tribunal Federal.
Por terem mandato eletivo, Renan e Eduardo Braga têm foro privilegiado. No caso de Jucá, a investigação já foi enviada à primeira instância na Justiça Federal no Distrito Federal.
Os três negam qualquer acusação sobre o caso.