Petistas e aliados do governo Lula (PT) saíram em defesa do ministro Alexandre de Moraes após a divulgação de mensagens que indicam uma atuação extraoficial do magistrado na elaboração de provas contra bolsonaristas. O ministro Paulo Teixeira (PT) classificou a reportagem da Folha de São Paulo como “sensacionalista” e afirmou que o conteúdo “não corresponde à verdade”. A Folha revelou que Moraes solicitou, sem registro oficial, a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões no inquérito das fake news.
Enquanto defensores do ministro argumentam que não há nada comprometedor nas mensagens, como afirmou Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, alinhado à defesa de Lula e ao STF, a oposição reagiu com indignação. O senador Marcos Rogério (PL-RO), líder da oposição, declarou que as denúncias são graves, sugerindo ilegalidades e abuso de autoridade por parte de Moraes. Rogério ressaltou que o grupo oposicionista está avaliando as informações e tomará providências oportunas, não descartando a possibilidade de uma CPI ou pedido de impeachment.
As mensagens obtidas pela Folha mostram que o gabinete de Moraes pediu pelo menos 20 vezes a produção de relatórios de forma extraoficial, documentos que foram utilizados para embasar ações criminais contra apoiadores de Bolsonaro, como o jornalista Rodrigo Constantino e o ex-Jovem Pan Paulo Figueiredo. O gabinete de Moraes afirmou em nota que todos os procedimentos foram oficiais e documentados, mas a oposição segue questionando a legalidade dessas ações.