Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas revelou que 65,7% dos brasileiros são contrários à entrada do cantor Gusttavo Lima na política. Entre os entrevistados, 27,8% veem com bons olhos a iniciativa, enquanto 6,5% não souberam opinar. Os dados também indicam que metade dos eleitores (50,6%) rejeita a ideia de votar no cantor para a presidência em 2026, embora seu potencial de votos chegue a 41%, somando eleitores que cogitam votar ou que o fariam com certeza.
Apesar da resistência, Gusttavo Lima intensifica articulações políticas. Após anunciar sua intenção de disputar a presidência, ele se reuniu com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e o presidente do partido, Antônio Rueda. Caiado classificou o interesse do cantor na política como “absolutamente legítimo” e o convidou para filiar-se ao União Brasil e participar de viagens pelo Brasil. Paralelamente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) busca atrair o sertanejo ao Partido Liberal, oferecendo apoio para uma candidatura ao Senado.
A pesquisa, que ouviu 2.018 pessoas entre 7 e 10 de janeiro, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais, evidencia que o cantor, reconhecido pelo seu talento artístico não necessariamente conseguiria transformar sua popularidade em força eleitoral. Após desmarcar compromissos com o União Brasil, Gusttavo Lima recebeu um novo convite de Bolsonaro, que vê nele um nome forte para o Senado, enquanto o senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou: “Bolsonaro o receberia de braços abertos”, deixando claro que o principal partido de oposição poderia apoiá-lo para conquistar uma vaga no Congresso.