O governo do Paraguai decidiu ampliar sua lista de organizações terroristas, passando a incluir todos os ramos do Hezbollah e do Hamas, além das Guardiões da Revolução Islâmica do Irã. A medida, oficializada por meio dos decretos nº 3758, 3759 e 3760, também foi divulgada pelo presidente Santiago Peña nas redes sociais. “O Paraguai reafirma seu compromisso com a luta global contra o terrorismo”, afirmou Peña, justificando a decisão com base em violações sistemáticas à paz e aos direitos humanos.
Diferentemente do Brasil, que ainda não reconhece oficialmente Hezbollah e Hamas como organizações terroristas, o Paraguai adota uma postura firme e alinhada a países como Estados Unidos e Israel. A iniciativa fortalece sua posição internacional e amplia o alcance legal para o combate ao terrorismo, incluindo componentes políticos e sociais dessas entidades. Segundo comunicado oficial, o objetivo é permitir uma atuação mais eficaz e coordenada contra ameaças que atravessam fronteiras.
A região da Tríplice Fronteira, onde se encontram Brasil, Paraguai e Argentina, continua no centro das preocupações. Segundo o Jornal Metróploes, políticos conservadores do Brasil disseram nos bastidores, já ter alertado o presidente Donald Trump sobre a atuação dessas células na área. Relatórios antigos do Departamento de Estado dos EUA e ações da Polícia Federal brasileira também indicam atividades de arrecadação e mobilização na região, embora o atual governo brasileiro evite medidas mais contundentes sobre o tema.