O estado de saúde do papa Francisco melhorou nos últimos dias, de acordo com informações da equipe médica responsável por seu acompanhamento. Após semanas mantendo uma agenda intensa de compromissos, mesmo após o diagnóstico de bronquite, o pontífice foi levado de urgência ao hospital, onde os médicos confirmaram a evolução do quadro para uma pneumonia em ambos os pulmões. Segundo o doutor Luigi Carbone, médico do papa no Vaticano, “ele colocou a Igreja em primeiro lugar, mas agora precisa de cuidados urgentes”.
Antes da internação, Francisco participou de audiências e cerimônias, incluindo uma missa ao ar livre na Praça de São Pedro, onde demonstrou dificuldades respiratórias. Apesar das limitações, manteve contato próximo com religiosos e fiéis, recusando-se a reduzir seu ritmo de trabalho. O médico Sergio Alfieri, mencionado pelo New York Times, destacou que a dedicação do pontífice resultou em um esgotamento extremo: “Ele não se contém porque é enormemente generoso”. Francisco já havia revelado no passado que considerava sua missão como um compromisso total, sem tempo para descanso.
O papa de 88 anos, que teve parte de um pulmão removido na juventude, enfrenta recorrentes problemas de saúde e já admitiu ser um paciente difícil. Mesmo aconselhado a diminuir a carga de atividades, ele insistiu em seguir com reuniões e encontros até poucas horas antes de ser levado ao hospital. A equipe médica enfatizou que manter Francisco internado é uma medida necessária para garantir o tratamento adequado, pois, segundo Alfieri, “se o levássemos de volta à Casa Santa Marta, ele começaria a trabalhar como antes, e sabemos disso”.
