Países árabes, incluindo Egito, Jordânia e a Liga Árabe, rejeitaram no sábado (1) a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de transferir palestinos da Faixa de Gaza para territórios egípcios e jordanianos. Em uma declaração conjunta, os governos árabes classificaram a ideia como um “desenraizamento inaceitável” e afirmaram que a medida violaria os direitos dos palestinos de permanecerem em suas terras. A proposta foi vista como uma ameaça à estabilidade regional e às perspectivas de paz no Oriente Médio.
Durante uma reunião no Cairo, os países árabes destacaram a necessidade de um “processo de reconstrução abrangente” em Gaza, garantindo que os palestinos permaneçam em seu território. O comunicado também enfatizou a importância de manter o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, além de facilitar o acesso humanitário à população local. “Reafirmamos nossa rejeição a qualquer tentativa de ataque aos direitos dos palestinos, seja por meio de colonização, expulsão ou demolição de casas”, afirmou o texto.
Apesar da insistência de Trump, que defendeu a realocação como uma solução “temporária ou de longo prazo”, os países árabes reiteraram seu compromisso com a solução de dois Estados. O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, foi um dos mais críticos à proposta, classificando-a como um “ato de injustiça” e afirmando que a população egípcia não aceitaria a medida. A Jordânia, que já abriga milhões de palestinos, também rejeitou a ideia, reforçando a posição unificada da região contra qualquer tentativa de deslocamento forçado.