O Comitê Norueguês do Prêmio Nobel da Paz optou, na edição de 2025, por deixar de lado as vitórias diplomáticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e conceder a honraria à política venezuelana María Corina Machado. A escolha causou surpresa ao favorecer uma figura que, embora se apresente como opositora do ditador Nicolás Maduro, não promoveu mudanças no pais governado pelo Partido Socialista, nem tem contribuido à pacificação da nação. Trump, por outro lado, foi responsável por acordos que contribuíram para a contenção de conflitos em Gaza, Ucrânia e Irã, sendo inclusive indicado por Benjamin Netanyahu como o nome mais apropriado para receber o prêmio.
Machado é alvo de críticas por setores da oposição venezuelana, que a acusam de colaborar com o regime ao apoiar eleições periódicas sob uma ditadura, o que favorece a manutenção do chavismo no poder. Há também denúncias de que empresários ligados ao governo de Maduro financiam sua atuação política, criando uma oposição controlada. A decisão do Comitê segue um padrão já observado em premiações anteriores, como a de Barack Obama em 2009, concedida em meio a poucas realizações diplomáticas, o que reforça o alinhamento da instituição com pautas da esquerda internacional.
Mesmo diante de críticas à sua política externa, marcada pelo foco na soberania nacional e acordos diretos, Trump obteve resultados concretos, como o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas e a libertação de reféns. Ao justificar a escolha de Machado, o Comitê destacou valores como “coragem e integridade”, ignorando os efeitos práticos da atuação do líder norte-americano e a ausência de conquistas da venezuelana em prol da paz. A premiação de 2025 reforça a percepção de que o Nobel da Paz tem priorizado narrativas ideológicas alinhadas à esquerda e ao Partido Democrata dos Estados Unidos, a quem Machado tem declarado apoio público contra Trump, em detrimento de ações voltadas à estabilidade global.