A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, nesta quarta-feira (05/06), a primeira morte de gripe aviária pela variante H5N2
No complexo tabuleiro da saúde pública, a gripe aviária emerge como uma peça de contornos variados e consequências potencialmente devastadoras. Em seu epicentro, a variante H5N2 desponta com um risco que, até então, se mantém na esfera do “baixo”. No entanto, mesmo com tal classificação, a primeira morte humana registrada no México tem um alerta inquietante: o paciente não teve contato prévio com aves, um enigma que desafia os cientistas.
À medida que as autoridades mantêm um olhar atento sobre esta variante, outras cepas já conhecidas no campo da avicultura não podem ser negligenciadas. O histórico de infecção em humanos das temidas H5N1 e H7N9, embora raros os casos de transmissão de humano para humano, permanece como uma sombra constante sobre o horizonte da saúde pública.
E há também a presença do H5N8, uma variante que, embora compartilhe o território das aves, não demonstra, até o momento, uma ameaça iminente à saúde humana. Mas é no jogo das incertezas que se destaca a importância das medidas preventivas: a vigilância constante, a higiene rigorosa emergem como pilares fundamentais na defesa contra este inimigo alado.
No entanto, é essencial lembrar que o tabuleiro está em constante movimento, com as peças sendo reconfiguradas conforme novas informações emergem.
Risco de nova pandemia?
Até o momento, o espectro de uma pandemia decorrente da gripe aviária, especificamente do vírus H5N2, é classificado como baixo. Este vírus não se propaga com facilidade entre humanos, preferindo o contato direto com aves infectadas ou ambientes contaminados como meio de disseminação. A vigilância constante é vital para conter qualquer surto significativo. No entanto, é crucial ressaltar que esta realidade contrasta com a dinâmica da COVID-19, que se espalha com uma rapidez alarmante entre a população humana.