São Paulo testemunhou nesta terça-feira (3), não apenas uma paralisação nos serviços do Metrô, da CPTM e da Sabesp, mas também um cenário político onde os dois principais concorrentes à prefeitura, Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), encontraram uma oportunidade para se posicionar perante os habitantes da cidade.
Boulos, conhecido por suas origens na esquerda comunista e seu envolvimento em movimentos sociais, não hesitou em usar a greve para fortalecer sua base eleitoral. Para Boulos, a paralisação foi uma declaração clara contra as privatizações, liderada por sindicatos de orientação esquerdista. O líder do PSOL, suposto defensor de políticas sociais e crítico das abordagens pró mercado, viu na greve uma oportunidade para consolidar sua imagem como defensor dos direitos dos trabalhadores e uma voz contrária às privatizações.
Por outro lado, Ricardo Nunes, o atual prefeito de São Paulo, utilizou a greve como plataforma para expressar seu apoio ao governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e para buscar uma aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nunes caracterizou a greve como uma ação de natureza ideológica, lamentando o impacto na população. Além disso, manifestou sua esperança de que Bolsonaro o apoie nas eleições de 2024, quando pretende enfrentar Guilherme Boulos na corrida pela prefeitura da capital paulista.