O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito papa nesta quinta-feira (8) e adotou o nome de Leão 14, tornando-se o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos. Sua escolha pode representar uma guinada mais próxima de princípios conservadores dentro da Igreja Católica, especialmente diante de posições já manifestadas contra temas como ideologia de gênero e casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ainda que visto como um herdeiro das reformas de Francisco, o novo papa se notabilizou por críticas ao “estilo de vida homossexual” e à “criação de gêneros que não existem” nas escolas.
A eleição ocorre num momento de aumento da presença católica nos Estados Unidos, com dioceses registrando missas mais cheias e crescimento de conversões nos últimos anos. Esse fortalecimento do catolicismo norte-americano pode ganhar impulso com a figura de Leão 14, que, embora também seja cidadão peruano, representa uma mudança simbólica em direção ao hemisfério norte. Donald Trump celebrou a escolha e afirmou: “Aguardo ansiosamente o encontro com o papa Leão 14. Será um momento muito significativo”, sinalizando interesse em se aproximar do eleitorado católico.
Apesar de sua origem americana e conservadorismo em temas morais, Leão 14 já demonstrou posições críticas a figuras do Partido Republicano, como quando compartilhou conteúdo contra uma declaração do vice-presidente JD Vance sobre a hierarquia do amor ao próximo. Seu histórico inclui décadas de atuação no Peru, com destaque para causas sociais, e o alinhamento com a tradição agostiniana, baseada em valores como liberdade e verdade.