O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou os apelos para encerrar a ofensiva militar em Gaza, comprometendo-se a “terminar o trabalho”. Enquanto isso, um membro de seu gabinete de guerra, o general reformado Benny Gantz, ameaçou com uma invasão da cidade de Rafah se os reféns restantes não forem libertados antes do próximo Ramadã.
“Hamas tem a opção. Eles podem se render, libertar os reféns e os civis de Gaza poderão celebrar o Ramadã”, disse Gantz durante uma conferência de líderes da comunidade judaica dos Estados Unidos.
O governo israelense não estabeleceu uma data limite para uma possível ofensiva terrestre sobre Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mas Gantz alertou que os combates continuarão se os reféns não forem libertados antes do início do Ramadã em 10 de março.
Enquanto isso, as negociações para um cessar-fogo enfrentam dificuldades e Netanyahu qualificou as exigências do Hamas de “delirantes”. Os Estados Unidos ainda esperam negociar um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, mas alertaram que vetarão qualquer proposta de resolução da ONU que ponha em risco uma resolução duradoura das hostilidades.
O governo de Netanyahu rejeita categoricamente os apelos internacionais para um acordo permanente com os palestinos e se opõe a qualquer reconhecimento unilateral de um Estado palestino. Netanyahu busca uma “vitória total” sobre o Hamas, enquanto os ataques israelenses continuam em diferentes pontos de Gaza.