O ditador da Rússia, Vladimir Putin, decidiu não comparecer à rodada de negociações com a Ucrânia que ocorreria nesta quinta-feira (15) na Turquia. A ausência foi confirmada pelo Kremlin, que nomeou representantes de menor escalão para substituir a alta cúpula do governo russo, frustrando a expectativa de um encontro direto com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Esta seria a primeira tentativa formal de diálogo entre os dois países desde março de 2022, quando as conversas anteriores foram encerradas sem avanços.
A delegação russa seria liderada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky e incluiria os vice-ministros Mikhail Galuzin (Relações Exteriores) e Aleksandr Fomin (Defesa). A exclusão de figuras-chave como o chanceler Serguei Lavrov e o assessor de política externa Yuri Ushakov foi vista como um sinal claro de desinteresse do Kremlin em buscar um acordo. Em resposta, Zelensky declarou: “Espero ver quem virá da Rússia. Depois, decidirei que medidas tomar”, reiterando a disposição da Ucrânia para negociações.
Enquanto isso, Lula da Silva (PT), que retornou a Moscou nesta quarta-feira (14), tenta se posicionar como mediador no conflito, a pedido de representantes ucranianos. Lula declarou que pressionará pessoalmente Putin para comparecer às negociações: “Ô, companheiro Putin, vá até Istambul negociar, porra. Não custa nada”, disse. A postura do governo brasileiro, no entanto, contrasta com a defesa de Donald Trump por uma resolução rápida e direta do conflito. O presidente americano vem pressionando publicamente por um cessar-fogo e criticou a rejeição russa à trégua de 30 dias proposta por Kiev.