O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar a investigação contra seis empresários que foram identificados em um grupo de WhatsApp debatendo a vitória do Lula e a situação do país. Essa ação judicial, realizada em 18 de agosto, resultou no encerramento da investigação para os empresários José Isaac Peres (Multiplan, rede de shopping), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu).
O ministro Moraes fundamentou sua decisão na falta de “evidência robusta” contra eles, assinalando que não foram encontradas provas suficientes que corroborassem a acusação.
No entanto, a investigação prossegue para Meyer Nigri (Tecnisa) e Luciano Hang (Havan). No caso de Luciano Hang, o ministro Moraes justificou a prorrogação do inquérito devido ao fato de a Polícia Federal ainda estar trabalhando na identificação das senhas do celular do empresário.
No que diz respeito a Meyer Nigri, a Polícia Federal alegou que existe uma suposta ligação entre o empresário e o ex-presidente Jair Bolsonaro, argumentando que essa relação poderia estar relacionada à disseminação de notícias falsas e prejudiciais à democracia e ao Estado de Direito.
Quanto aos outros seis empresários, a Polícia Federal determinou que suas conversas se limitaram a expressões internas no grupo do WhatsApp, sem chegar à exteriorização de opiniões capazes de influenciar terceiros como formadores de opinião.
A decisão do ministro Moraes destacou a importância de avaliar cuidadosamente as evidências disponíveis antes de prosseguir com as investigações, especialmente quando se trata de assuntos que podem ter implicações políticas e sociais significativas.