Ministro Fux questiona delação que sustenta narrativa do suposto golpe de Estado

Redação 011
2 Min
Ministro Fux questiona delação que sustenta narrativa do suposto golpe de Estado
foto: Ton Molina/STF

O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta segunda-feira (9) os interrogatórios no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O primeiro a ser ouvido foi o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que aparece como peça-chave da acusação. Cid confirmou ter prestado múltiplos depoimentos à Polícia Federal, alegando que os complementos serviram apenas para esclarecer dúvidas, e não para incluir fatos novos.

O ministro Luiz Fux, único da Primeira Turma a acompanhar os interrogatórios além do relator Alexandre de Moraes, voltou a demonstrar reservas quanto à validade da delação. “Vejo com muita reserva nove delações de um mesmo colaborador, cada hora acrescentando uma novidade”, afirmou, ecoando críticas anteriores à condução do processo. A sequência de depoimentos foi organizada de forma que todos os réus ouçam o que o delator falou antes de se defenderem.

Além de Cid, outros oito nomes compõem o chamado “núcleo crucial”, incluindo militares e ex-ministros do governo Bolsonaro. O interrogatório de todos deve ser concluído até sexta-feira (13), com exceção do general Braga Netto, que participa por videoconferência por estar preso. As oitivas fazem parte da fase de instrução criminal, mas o tom do processo e o foco reiterado em Bolsonaro alimentam a percepção de que se trata de uma narrativa que visa condenar o ex-presidente pela suposta tentativa de golpe, mesmo sem ter assinado a minuta que sustenta a investigação.

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