Em uma deliberação ocorrida nesta quarta-feira, 9 de agosto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil elegeu o ministro Luís Roberto Barroso para assumir a presidência da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em sucessão à ministra Rosa Weber. Esta última, que ocupava esses cargos desde setembro de 2022, se aposentará em outubro. Em conformidade com a tradição, a votação seguiu a norma de escolher o ministro mais antigo que ainda não ocupou o posto.
No contexto da eleição, a ministra Rosa Weber expressou sua satisfação por participar da seleção de colegas que ingressaram no tribunal após sua entrada. “Desejo a ambos uma gestão frutífera, repleta de sucessos e felicidade. Parabéns a ambos”, afirmou a presidente saindo do STF. Por sua vez, o recém-eleito presidente, Luís Roberto Barroso, assumiu o cargo com humildade e ciente da responsabilidade que carrega. “Minha intenção é honrar a presidência e a cadeira que você ocupa hoje”, afirmou o ministro.
Barroso também tem sido alvo de polêmicas nos messes prévios à este acontecimento. Em 15 de novembro de 2022 o recém eleito presidente do STF, então presidente do TSE, participou de um bate-boca em Nova York com um homem que perguntou se ele responderia às Forças Armadas Brasileiras, e se entregaria “o código-fonte (das urnas)”. O homem acrescentou: “o Brasil precisa de resposta, ministro”. Barroso rebateu: “perdeu, mané, não amola”. No mês julho, durante o 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília, o agora presidente do STF afirmou que “nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.