O ditador venezuelano Nicolás Maduro respondeu nesta segunda-feira (22) às declarações de Donald Trump com ironia, afirmando que o presidente dos Estados Unidos deveria “focar nos problemas internos” e não na Venezuela. O chefe do regime de Caracas disse que não é possível que “70% dos discursos” do norte-americano sejam sobre Venezuela, sugerindo que Trump estaria melhor se cuidasse de seu próprio país. A fala indica que, após quase um ano de ameaças, Maduro já não acredita que as pressões americanas possam se transformar em ações diretas contra sua administração, apontada como violadora de direitos humanos.
Trump, por sua vez, havia reforçado horas antes sua posição ao anunciar uma nova classe de navios de guerra em cerimônia na Casa Branca. O presidente norte-americano declarou que a atitude “mais inteligente” de Maduro seria renunciar, alertando que, se insistisse em “bancar o durão”, seria a última vez. Apesar da retórica, até agora as medidas se limitaram a bloqueios econômicos e operações em águas internacionais no Caribe, sem intervenção militar em território venezuelano, o que reforça a percepção de descrédito por parte de Maduro.
O governo americano mantém a ofensiva com apreensão de navios petroleiros e acusações de que Maduro financia narcotráfico e tráfico de pessoas com recursos do petróleo. Trump afirmou que os Estados Unidos poderiam vender ou incorporar às reservas estratégicas o petróleo confiscado, destacando que nunca houve frota naval tão grande na região. Ainda assim, a postura irônica do ditador mostra que, após um ano de embates, ele não leva mais a sério as ameaças, tratando-as como discurso político sem efeito imediato sobre Caracas.













